sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Superando as deficiencias no esporte

Superando as deficiências

Rodrigo Alminhas, de 18 anos, busca patrocínio para disputar Campeonato Mundial de Badminton / Hudson PontesPara um menino que teve a perna esquerda amputada ainda bebê, não seria estranho falar em falta de motivação para esportes. No caso de Rodrigo Alminhas, porém, o que não faltou foi garra para vencer no badminton, um jogo semelhante ao tênis, em que a peteca substitui a bola.
Por causa de uma infecção contraída quando estava na barriga da mãe, o garoto, hoje com 18 anos, usa prótese desde os dez meses de vida. O problema não o impediu de conquistar duas medalhas de bronze em campeonatos estaduais da modalidade, competindo com pessoas sem deficiência.
Morador de Campo Grande, Rodrigo tenta patrocínio para disputar o Mundial da Coreia do Sul, que será realizado no dia 7 de setembro. Ele foi convidado pela Federação de Badminton de Brasília a integrar a seleção brasileira de atletas adaptados.
— Se não conseguir patrocínio, o jeito é esperar os mundiais do Irã e da Alemanha. Quase deixei de nascer. Não será agora que vou desistir — diz Rodrigo, que trabalha no setor administrativo de uma empresa há três meses e ganha salário de R$ 540.
A matéria completa está na edição de sábado do Caderno Zona Oeste ou no Globo Digital (somente para assinantes)

sindrome de down

                                         Síndrome de Down


Síndrome de Down(Trissomia do cromossomo 21)

  O que é? 
 
É a forma mais frequente de retardo mentel causado por uma aberração cromossômica microscópicamente demonstrada.É caracterizada por história natural e aspectos fenótipos bem definidos.É causada pela ocorrência de três cromossomos no par 21.

Características clínicas:
Pode incluir retardo mental e uma face típica, costumam ser menores que uma criança normal de sua idade,além de terem um desenvlovimento fisico e mentel mais lento que as outras crianças sem a síndrome,porém podem chegar a ter um desenvolvimento progressivo e tornaren-se  grandes profissionais, claro que dependendo do estímulo por ele recebido.

Características fisicas:
- Achatamento da parte de trás da cabeça
- Inclinação das fendas palpebrais
- Pequenas dobras de pele nos cantos dos olhos
- Língua proeminente
- Ponte nasal achatada
- Orelhas ligeiramente menores
- Boca pequena
- Tônus muscular diminuídos
- Mãos e pés pequenos
- Pele na nuca em excesso

Cuidados especiais com essa criança:
- 80% a 90% das crianças com síndrome de down têm deficiência de audição. Avaliações audiológicas precoces e exames de seguimentos são indicados.
- 30% a 40% dessas crianças tem allguma doença congênita go coração.Muitas delas terão que se submeterem a uma cirurgia cardíaca e precisarão de um acompanhamento cardiológico ao longo prazo.
- Anormalidades intestinais também acontecem com uma certa frequência, a exemplo a estenose ou atresia do duodeno,imperfuração anal e doenças de Hirschsprung.Por isso é necessário um acompanhamento de um especialista no asunto.
- Geralmente tem problemas oculares, de 3% a 4% tem catarata,ou podem ainda ter estrabismo,miopia entres outros problemas oculares que podem apresentar.Recomenda-se a visita ao oftalmologosta precocemente.
- Outra preocupação relaciona-se ao aspecto nutricional, algumas crianças tem dificuldades de ganhar peso,por outro lado é comum a obesidade na adolecência.Porém são aspectos que podem ser previnidos com a ajuda de um nutricionista.
- Deficiência de hormônios tireóideanos são comuns nessas crianças, o que pode acabar comprometendo o funcionamento do sistema nervoso desta criança,porém há tratamentos e modos preventivos.
- Problemas ortopédicos são bastantes vistos nessas crianças, que geralmente não costumam apresentar sintomas,mas podem comprometer o desenvolvimento ''normal''desta criança.
- Outros aspectos importantes nessas crianças e no que se diz em relação ao sistema imunológico, pois podem apresentar leucemia, doença de alzheimer,convulsões,apnéia do sono e problemas de pele.Por isso é importante que sua alimentação seja rica em vitaminas e nutrientes necessários ao seu corpo.


Desenvolvimento da criança
  
Como é o desenvolvimento em sala de aula dessa criança?







 * O desenvolvimento de uma criança portadora da síndrome de Down se difere em pouca coisa do desenvolvimento das demais, dessa forma ela pode freqüentar uma escola de ensino regular, pois o convívio com outras crianças não portadoras da síndrome irá colaborar no seu desenvolvimento. Além disso, essa convivência também é positiva para as demais crianças, pois faz com que cresçam respeitando as diferenças, sem nenhum tipo de restrição em seu círculo de amizade, seja por raça, aparência, religião, nacionalidade.


    * o portador da síndrome de down apresenta dificuldades em decompor tarefas,juntar habilidades e idéias,reter e transferir o que sabem,se adaptar em situações novas ,portanto todo aprendizado deve ser estimulado a partir do concretonecessitanto de instruções visuais para consolidar o conhecimento.
Outras atividades comuns na infância também beneficiam o desenvolvimento psicomotor e global: pular corda, jogar amarelinha, jogos de imitação, brincadeiras de roda, subir em árvores, caminhadas longas, uso de brinquedos de parque como balanço, escorregador e gangorra.   
   
O preconceito em relação a doença:



Vários aspectos contribuíram para o atraso mais acentuado em relação as crianças portadoras da síndrome, entre eles o preconceito,o que no passado fez com que os mesmos no passado não se desenvolvesse cognitivamente,pais e professores não acreditavam na possibilidade de alfabetização,eles eram rotulados como pessoas doentes,e portanto,excluídas do convívio social,atualmente sabe-se que há um atraso no seu desenvolvimento porém é possível tal educação.
      Pessoas com síndrome de down tem apresentado avanços impressionantes em relação também ao processo de inclusão e vem rompendo barreiras.Em todo mundo,há pessoas com a síndrome ocupando os mais diversos cargos,eles trabalham,estudam,se casam...   
     Esta criança deve ter acesso às práticas esportivas, iniciando-se no esporte através da exploração e manuseio dos materiais e participando depois de jogos em grupo com orientação adequada.
    *O trabalho psicomotor deve enfatizar aspectos como equilíbrio, coordenação de movimentos, estruturação do esquema corporal, orientação espacial, ritmo, sensibilidade, hábitos posturais e exercícios respiratórios.
    *Com os portadores da Síndrome de Down deverão ser desenvolvidos programas de estimulação precoce que propiciem seu desenvolvimento motor e intelectual, iniciando-se com 15 dias após o nascimento.
    *As pessoas com Síndrome de Down podem executar tarefas rotineiras, sem dificuldade, mas a limitação cognitiva dificulta o raciocínio abstrato, o que torna mais difícil, tarefas que envolvam associação, discriminação, assim como as que envolvam matemática. Deve-se ter uma visão real das necessidades e dificuldades da criança e o que se pode fazer é ajudá-la através de uma estimulação sensível e coerente com as suas condições.
   *A deficiência mental está presente no quadro da Síndrome de Down mas os atrasos motores são corrigidos se bem estimulados desde cedo, com um trabalho desenvolvido pela criança de maneira espontânea, criativa e afetiva. Jogos e brincadeiras são instrumentos importantes para ajudar a estimulação da criança e favorecem uma boa relação entre família e a mesma, pois trazem prazer e satisfação.
    Assim, elas se sentirão mais seguras para uma inclusão na sociedade possibilitando um grande êxito, pois em mundo onde as diferenças individuais são pouco respeitadas, a criança portadora de Síndrome de Down, como todas as outras, precisa saber contornar certas situações e ter confiança para poder participar de um grupo social e escolar.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

3 de dezembro: Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

 
A matéria abaixo foi extraída do Site de Mara Gabrilli.

O sucesso desta data depende da sua participação. Confira alguns eventos que vão celebrar este dia tão importante e participe de ações inclusivas. Esta é uma luta de todos nós!

A 37ª Sessão Plenária Especial sobre Deficiência da Assembléia Geral da ONU, realizada em 14 de outubro de 1992, adotou o dia 3 de dezembro como Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. A data escolhida coincide com o dia da adoção do Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência pela Assembléia Geral da ONU, em 1982.

A ONU calcula que no mundo existam cerca de 600 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Por isso, entidades mundiais da área esperam que com a criação do dia todos os países passem a comemorar a data, gerando conscientização, compromisso e ações que transformem a situação das pessoas com deficiência no mundo. O sucesso da iniciativa vai depender diretamente do envolvimento da sociedade, que deve estabelecer estratégias para manter o tema em evidência.

Para comemorar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, Prefeitura, Governo do Estado e entidades da sociedade civil organizaram uma série de eventos de cultura e lazer. Saiba mais sobre os eventos...

Instituto Mara Gabrilli lança campanha de moda inclusiva
No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3/12), no Sonique Bar, o Instituto Mara Gabrilli (IMG) e a marca Hey!U lançam uma linha de moda inclusiva. A coleção Easy Put será composta de roupas práticas e fáceis de vestir. Para o evento de lançamento serão vendidas as primeiras peças da grife: camisetas com estampas exclusivas, nos modelos masculino e feminino. A verba arrecadada será usada em projetos da ONG - que apoia atletas com deficiência e fomenta pesquisas com células-tronco.

Todas as peças da coleção têm identificação com toque braille, que descrevem a cor, o tamanho e a estamparia da peça. A ergonomia e o caimento também foram pensados durante a criação das roupas. As t-shirts podem ser encontradas nos tamanhos P, M e G. O modelo masculino tem nas costas a imagem da espinha dorsal com todas as vértebras e seus nervos, remetendo à consciência de nosso corpo, lembrando o que tem por baixo da pele A feminina traz a imagem de uma sereia charmosa em sua carruagem cheia de detalhes.

“A parceria com a He!U é mais um passo do Instituto em busca de uma sociedade mais inclusiva. A ideia é mudar o olhar sobre o tema e despertar o interesse de outras marcas e lojistas.. As deficiência não subtraí o senso estético. Pessoas com deficiência também querem escolher o que usar”, diz a fundadora do IMG, Mara Gabrilli.

Após o lançamento da linha, as camisetas poderão ser adquiridas na loja da Galeria Mundo Mix , localizada na Rua Augusta, 2.559, em São Paulo. Para quem não está na capital paulista, a compra também pode ser realizada nos sites do Instituto Mara Gabrilli www.img.org.br e da marca www.heyuteen.com.br

“Quando falamos em acessibilidade, a primeira palavra que nos vem à mente são as rampas. Elas são importantes, mas é preciso pensar em outros aspectos também. Busco a acessibilidade por um todo. Quando soube do projeto, tive que contribuir de alguma forma e pensei ‘por que não etiquetar minhas criações para que uma pessoa sem visão saiba o que está comprando?’ Por que não pensar na forma do corpo na hora de criar, de desenvolver? Este é o verdadeiro sentido da moda”, comenta Cristiane Soares, estilista da marca Hey U.

Virada Inclusiva
Show de rock com audiodescrição e Libras, exposições, oficinas culturais e debates sobre direitos das pessoas com deficiência são os destaques do evento, que acontece nos dias 3, 4 e 9 de dezembro.

A programação começa às 9h do dia 3, no Memorial da América Latina, onde acontecem oficinas de música, apresentações de dança, capoeira e mostra de curtas-metragens durante todo o dia.

Também neste dia, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) promove das 8h30 às 17h30, o seminário “A Inclusão da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida na Educação para o Trânsito”.

Completam a grade do primeiro dia exposição de quadros no Parque Ibirapuera, atividades paradesportivas no Parque Villa-Lobos, circuito de agilidade para cães (vão livre do Masp), visitas monitoradas ao Centro de Operações do Metrô (Paraíso), Jardim Zoológico, Biblioteca Louis Braille (Centro Cultural São Paulo) e a entidades de assistência, como Lar Escola São Francisco e Fundação Dorina Nowill.

A Virada Inclusiva prossegue às 10h do dia 9, no Centro Cultural São Paulo, com a Sabatina, em que jovens com deficiência intelectual, ligados a diferentes instituições da capital, apresentam reivindicações e fazem perguntas ao secretário municipal da Pessoa com Deficiência.

Como os pais devem superar a deficiência e buscar o melhor para seus filhos.


Como pais devem superar a deficiência e buscar o melhor para seus filhos

Não antecipe problemas
Até o momento em que a família soube que o bebê teria alguma deficiência, a chegada do novo integrante estava cercada de expectativa. Agora, é preciso aceitar a realidade e abandonar as projeções feitas antes e que não foram correspondidas. Se a mãe gostaria muito de ter um filho loiro e de olhos azuis, mas ele nasceu com olhos e cabelos castanhos, ela precisa rejeitar a expectativa criada. Os pais podem não ter preconceito com os portadores de Síndrome de Down, por exemplo, mas em relação à imagem que tinham deles até então. A reação depende muito dos referenciais de cada um. Logo se criam compensações.

O apoio psicológico é importante. Mães e pais precisam de ajuda especializada para expor medos, angústias e sentimentos de culpa. A criança que nasce com alguma doença séria ou deficiência força a família a passar por um período de luto. Por luto entende-se não somente a reação vivenciada diante da perda de um ser amado, mas também as manifestações ocorridas por outras perdas significativas. O luto pelo nascimento da criança que não corresponde às expectativas criadas durante a gravidez passa por várias fases. Primeiro, a família recebe a notícia e precisa lidar com as novas informações. Com o diagnóstico feito pelos médicos, você saberá o que seu filho tem. Mas evite fazer e aceitar prognósticos - previsões acerca da evolução do problema. Existem casos singulares. É natural sentir raiva e desespero. Depois de se permitir passar por isso, você será capaz de organizar melhor suas emoções.

A família deve aprender a perceber as qualidades da criança ao olhar para ela. O período de luto varia de acordo com cada pessoa, além de sua estrutura psíquica, social e intelectual e experiência de vida também influenciarem. Pode ter uma pequena duração ou se estender por um período maior.

Os pais precisam relaxar, aguardar o tempo necessário para a assimilação e então conviver bem com esta condição. As informações precisam ser absorvidas intelectual e emocionalmente. É comum o sentimento de luta e fuga frente a uma situação desconhecida ou assustadora; não se trata necessariamente de negação da criança.

Você precisa assimilar o fato de que não deu à luz o bebê sonhado, saudável e sem limitações físicas ou cognitivas. Não projete o futuro da criança ou tente antecipar tudo que está por acontecer, como uma vida inteira de dedicação a um filho doente.

Outra das fases que compõem o período de luto é a da busca pelos culpados ou responsáveis. A mãe e o pai se questionam sobre o que podem ter feito de errado para que tudo isso acontecesse - primeiro culpam eles próprios, depois o outro. Trata-se de um processo de difícil entendimento, e as mais absurdas hipóteses podem ser consideradas. O casal está vivendo um momento estressante e precisa de ajuda para lidar com a situação - seja de familiares e amigos mais próximos ou de um especialista.

O momento de intenso estresse pode influenciá-lo de duas maneiras distintas - você pode se fortalecer e buscar opções construtivas ou se fechar. Se você resiste à sugestão de procurar um terapeuta, pense que pode ser produtivo como um tratamento pontual, apenas para esta questão. Será importante para toda a família.

A tristeza e o desamparo dos pais, principalmente da mãe, não podem prejudicar a assistência ao bebê. A ajuda de familiares e amigos é essencial nessa hora. É preciso evitar críticas ao comportamento da família e respeitar as dificuldades, que todos ainda estão se adaptando às novidades.

Pense nas demonstrações feitas pelos comissários de bordo em aviões: se for preciso utilizar as máscaras de oxigênio, você deve primeiro colocá-la em você para depois ajudar os demais. O procedimento é o mesmo se você tiver filhos que precisam tomar conhecimento das condições do irmão recém-nascido. Pai e mãe restabelecem-se do choque primeiro para depois poderem atender bem os demais integrantes da família.
Texto adaptado para divulgação no site do Instituto Indianópolis
Fonte: Rede Saci | Jornal Zero Hora | Larissa Roso